Acordei
para mais um dia de circo,
Busquei
a base,
Maquiar
o sorriso que minha alma finge acreditar.
Ossos
do ofício...
Hoje
tenho duas faces,
Desejo
a gota,
O
público, ansioso, espera pela estrela.
Ossos
da desilusão...
Sou
operário do riso,
Produzo
em escala industrial,
Bater
ponto para fazer rir, sem tempo para pensar.
Ossos
do almoço...
O
espetáculo se inicia,
Minha
hora está chegando,
Na
mente, a luz acinzentada se camufla, enquanto calço os sapatos.
Ossos
do tropeço...
Um
dia isso acaba,
Sou
palhaço sem a menor graça,
Quero
tempo para sorrir, poder colorir a minha alma de verdades
foto: vasco cardoso
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