quero o imaginário buscar,
quero a alegria, até por sentir dor,
quero poder alcançar o distante,
quero ao menos sonhar...


quero fazer de mim, parte em ti,
poder pegar suas mãos, voar...
quero ser fagulha, por fogo em sua essência,
brincar de faz de conta, ser gibi, na sua existência.

e como é impossível tocar,
amar, incondicionalmente irei.
irracionalidade pela felicidade,
quero voltar a dormir...
Dúvida? Vontade de não ser poema. Querer da vida, formas simples, não redondas. Tratar as sombras, como sombras mesmo, fugir de monstros, enfrentar dilemas...

Ar? Ter chance de escolher. Leve, voar, como balão perdido. Fazer dos ventos, morada sem fim...

Vida? Pra quê? Tão mais fácil dormir, sentir o peso de panos, que se vão pelo ar. Transformar o eu, quem sabe ainda encontrar-me...

Paz? Incógnita, utopia, dor! Fazer do certo o correto, rir por não acreditar no incerto. Ter a certeza de não querer existir, por ser simples...

Morte? Quem sabe a razão? Terminar o ontem todos os dias, definhar. Sentir prazer por esperar, deixar sonhos, viver!

distante


Diante dos teus olhos,
Nada me faz contente,
Quero, preso nesta corrente,
Preciso ter coragem, esperar.

Diante do seu coração,
Rio um riso desesperado,
Busco fugas, medos... escuro,
Escondo-me de mim, não posso tocar.

Diante de tua alma,
Rastejo pelo inconsciente,
Me torno inconseqüente,
Vivo esperanças... esperar!

Dormi

Dormi,
Fui tão feliz nesse tempo,
Tantos lugares visitados,
Tantas pessoas encontradas...
Aquela velha senhora,
Bri(nca)gando com os carros da esquina.

Dormi,
Esqueci, meus problemas,
Esqueci a minha vida...
Na verdade, vivi uma vida nova,
Uma vida que eu sempre quis.

Dormi,
Abri os olhos do meu coração,
Dancei, com a solidão,
Provoquei risos, ri também...

Dormi,
Encontrei você, feliz,
Fui feliz com você, te levei comigo...

Dormi,
Assim, basta-me apenas dormir.

Dormi...