A violência não é feita só de sangue


Basta! Não dá mais para ligar a TV, só desgraça! E não falo apenas da violência da pólvora e sangue, falo da violência moral que aflige a todos. Desde o planalto central até as esquinas de casa. Das mais simples transgressões, como uma simples mentira, para justificar a falta em um compromisso, até a verdadeira falta de comprometimento com os que providenciam o direito de pessoas “zelarem” politicamente por nossos direitos.
O problema vem de berço, de dentro de nossas casas, as crianças já são corrompidas desde pequenas. Uma chantagenzinha daqui, uma mentirinha dali e pronto, o caráter dos pequenos já se deformam. Ela cresce aprendendo que para manter a ordem geral, é permitido mentir ou pior, omitir.
Na verdade, as grades do berço são vendidas na primeira oportunidade, ou seja, os pais, escravos de um sistema mercantilista, esquecem de ensinar às suas crias valores básicos para que se transformem em cidadãos dignos.
Nas escolas, idem, cada vez mais cedo iniciados na vida acadêmica (não é exagero), os bebês não tem escolhas a não ser se preparar para garantir um futuro promissor, com bastante dinheiro e só. Amor, respeito, caridade, não estão no pacote. As crianças não têm oportunidade de aprender nada além de como sobreviver, ou enriquecer.
E assim cresce, mesmo que seu futuro não pertença a ele próprio e sim, ao tal sistema que dita as regras nunca questionadas. Como que numa sociedade hipodérmica, que não procura entender seu papel.
A violência açoita o homem aí, ao considerá-lo robô, com a função de manter a as coisas nos seus devidos lugares e assim “caminha a humanidade”, cegos pelas tradições.
E por falar em tradição, é ela o verdadeiro câncer dos homens. Só erramos porque copiamos os mesmos erros de nossos ancestrais. Desde que o homem se descobriu homem, utiliza a inteligência para sobreviver, sem pensar em como fazer.
É certo que as tradições também trazem os tais valores já citados e, que ainda existem escondidos no âmago do humano, porém, o mundo não permite que eles sejam colocados em prática. O mundo não para e por isso, fazer o correto se torna perda de tempo. Ainda bem que existem pessoas que ainda pensam o contrário.

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