Mais de Américo Vilalba

Fico imaginando a razão do rascunho, se fosse tão bom, teríamos um da nossa própria vida. Por isso escrevo assim, de bate - pronto, para arrancar do meu mais profundo suspiro, a dose de espírito que ainda me resta e, com ela, transpor, em palavras, minha melancolia inata.
Sim, me canso de falar sobre tristeza, sobre negativismo, contudo, se deixá-los de lado, deixo também de respirar e mais, de não crer.
Não crer, pois é tão fácil acreditar, enxergar como que na mais profunda miopia, não caros amigos, se é que tenho algum, não abro mão do poder da dúvida, do poder de não acreditar no que me falam e, principalmente no que me fazem, ou melhor, no que me são.
O homem tem a mania chata de pensar na bondade, isso é sonho, ninguém tá aqui para ser bom com o outro, somos egoístas por essência, queremos apenas o nosso bem-estar ou você acha que alguém seria filantropo se isso não lhe rendesse nada de positivo?
Eu já falo por mim, não ajudo a ninguém, até porque não teria a ajuda sincera que acabei de afirmar q não existe, por isso me privo do ser - humano, como diziam naquele seriado mexicano, 'pra evitar fadiga'. 
Bem, não vou ficar aqui filosofando sobre o que é ou deixa de ser esse bicho imbecil que resolvemos chamar de homem, por mim, que todos se explodam, inclusive eu!


Um comentário:

Maluz disse...

Sabe por que eu talvez sempre vá te amar de uma forma que você nunca compreenda?
De uma forma que você talvez nunca aceite.
Pode passar pessoas, “amores”, anos, vidas...
Por que é um pacto de essências.
Por que ao te ler, eu me decifro.
Por que ao descobrir a cada linha quem és tu, encantador ser sonhador e atordoado, eu me dispo de todas as aspas, e me auto-conheço por momentos de fascínio nos teus versos. E ter a convicção que naquele momento poderia está te contando tudo aquilo, e você choraria comigo mesmo que não externamente, por saber mais do que ninguém.
Por que nunca encontrarei essência tão intimamente minha, igual a tua.
Por que vejo em você o entendimento de tudo que ainda não te disse. E te entendo, mesmo não me tendo dito nenhuma exclamação sequer.
Por que ombro nenhum, voz, mão, presença nenhuma me conforta, ou me acalma como suas palavras.
Caio aqui, me acalmo, me canalizo e equilibro-me os pés e coração.