soneto torto


Canto versos sem notas,
Perco-me num plano arco-íres,
Onde sinto a brisa de um furacão,
Bailando entre ex-gotas, sem água.

Do abraço, ponho-me em fuga,
Longe de lábios, amor.
Quero a multidão da contramão,
Quero a dor de uma rosa e sua ladainha.

Mundo de faz de contas,
Uma mentira em cada alma,
Esmolar-me-ei ar e percepção!

Mas a prostituição me faz força,
Traz, do apelo, um suspiro.
Alucinação!

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