Dia de todo dia

Na mudança de linha,
Passa boi, passa boiada.
Todo mundo enfileirado,
Nessa marcha organizada.

O relógio nunca para,
Toda gente atrasada. 
Fecha a cara logo cedo,
Essa massa apressada.

Um desejo vem à tona,
Um momento de lucidez.
A cena congelada,
Tudo para de uma vez.

Instante para pensar,
Vida para, consciência não.
Se um botão, eu apertar,
E pausar essa multidão.

Lembrar que o sorriso existe,
Sem precisar se explicar,
Sorrir por sorrir,
Simples fato a se pensar.

E o botão é liberado,
E essa gente continua.
Mas agora, bem mais leve,
Lembrando também, que a vida é sua.

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